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J.Nunes

Voz é presença.

Textos

De proletário a rico opressor
Conheci um proletário que saiu da alienação,
conseguiu sua libertação social e econômica,
agora ele é, naturalmente, considerado
um novo rico opressor.

Onde era colônia de trabalhadores rurais,
mão de obra barata, gente oprimida pelo sistema;
hoje é o estacionamento de máquinas.
Aquela gente vive hoje de esmola do governo.

Onde era a seção da fábrica,
lugar de trabalhadores braçais, mão de obra barata,
gente oprimida pelo sistema;
hoje é o barracão das máquinas
E dos robôs que falam uma língua estranha,
Eles fabricam de tudo e não comem nada!

Não veio a revolução social, sexual,
mecânica, programada, progressiva e previsível,
o que chegou foi à mecânica das máquinas
que tirou o salário do proletário.
Agora o pão na mesa vem da assistência social.

Não foi possível através das ideologias
do progresso  mecânica e progressivo,
nem pela luta de classes sociais,
agora, a ferramenta de luta é o relativismo social:
reduzir tudo a mesma coisa,
inventar direitos, liberdades e minorias,
até que o Poder seja tomado
e o oprimido será oprimido por outro opressor.

O relativismo, quando é conveniente,
vai afirmar que é tudo a mesma coisa
até que o poder seja tomado,
então quem estiver no trono será o novo opressor.

Meu conhecido proprietário novo opressor
aprendeu a dizer que é tudo a mesma coisa
e que essa é a lei da igualdade.

Meu pensamento simplista, concluiu:
Se é tudo a mesma coisa,
então deixe como está!

J.Nunes    15-12-2017
JOSE NUNES PEREIRA
Enviado por JOSE NUNES PEREIRA em 09/07/2025
Alterado em 09/07/2025


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