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J.Nunes

Voz é presença.

Textos

 

         Nasci com uma vocação natural para o misticismo, no entanto precisei deixar o cristianismo protestante, ir para a cultura oriental, caminhar pelo esoterismo gnóstico, pela Rosacruz, apreciar a mística dos santos católicos, especialmente a intimidade com Deus vivida por São Francisco de Assis, a morte do pecado, a penitência católica, a adoração a Mãe de Deus na igreja católica, para depois chegar ao misticismo ou a mística católica, que encontrei, especialmente, na Filocalia, no Peregrino Russo, na Oração de Jesus e na Oração do Coração . Nesse percurso encontrei a mística católica, e fiquei fascinado pela Paixão Cristão e a Adoração à Mãe de Deus.

          Meu caminho para o coração da religião e da espiritualidade cristã teria sido encurtado se eu tivesse a grande sorte de ter nascido em uma família tradicional cristã católica. Meu caminho foi muito longo..., isso porque eu nasci em família evangélica, e toda essa tradição mística foi ignorada e perdida para que houvesse um distanciamento da Igreja Mãe. Em algum momento a mística cristã apareceu nas igrejas protestantes em formas de avivamentos pentecostais, afinal, a frieza e o formalismo não combinam com a espiritualidade que é entusiasmo, fervor, alegria e fogo. O avivamento das igrejas protestantes que começou na Rua Azusa com o pregador William J. Seymour, não é a mística cristã dos padres do deserto, não é a contemplação, a mortificação, a medição e o ascetismo dos místicos católicos que buscavam o caminho interior, a experiência direta e o desenvolvimento espiritual que nos conecta com a vivência da alma e com o reino de Deus. A mística cristã é o trigo. Os protestantes deveriam ter aproveitado o trigo, ainda é possível resgatá-lo.

      Apesar desse longo caminho, tenho que agradecer a Deus por essa oportunidade de pesquisar, estudar, renunciar, viver conflitos e descaminhos para depois, dessa longa caminhada, chegar a compreensão e a maturidade espiritual, no entanto, a solidão tem sido assustadora.

 

 

José Nunes Pereira

JOSE NUNES PEREIRA
Enviado por JOSE NUNES PEREIRA em 17/07/2025


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